terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Meias Verdades

Jamais poderiam dizer-se sãos
Os que enfim se engatam as mãos
Embebidas na desordem dos sentimentos.

Jamais poderiam dizer-se felizes
Os que vagam nos corpos das meretrizes
Para sufocar um reprimido desalento.

Jamais poderiam dizer-se amados
Os que dormem com os corações surrados
Das feridas na carne repartida.

Jamais poderiam dizer-se livres
Os que vagueiam entre perdizes
Escravos de sua própria vida.

Um comentário:

Caruca disse...

"Jamais poderiam dizer-se livres
Os que vagueiam entre perdizes
Escravos de sua própria vida"... muito lindo, a poesia se explica por si só, ela flui e ela vôa assim que terminamos de lê-la (parafraseando M. Quintana). Amei o teu jeito de fazer poesia, de brincar com as palavras. já pensaste em fazer uma oficina literária... pois deverias pensar nisso!!! Fora isso, continua escrevendo, sempre, pois escrever é uma catarse utilíssima. Bjs. da prima distante, Sandra.