Jamais poderiam dizer-se sãos
Os que enfim se engatam as mãos
Embebidas na desordem dos sentimentos.
Jamais poderiam dizer-se felizes
Os que vagam nos corpos das meretrizes
Para sufocar um reprimido desalento.
Jamais poderiam dizer-se amados
Os que dormem com os corações surrados
Das feridas na carne repartida.
Jamais poderiam dizer-se livres
Os que vagueiam entre perdizes
Escravos de sua própria vida.
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Um comentário:
"Jamais poderiam dizer-se livres
Os que vagueiam entre perdizes
Escravos de sua própria vida"... muito lindo, a poesia se explica por si só, ela flui e ela vôa assim que terminamos de lê-la (parafraseando M. Quintana). Amei o teu jeito de fazer poesia, de brincar com as palavras. já pensaste em fazer uma oficina literária... pois deverias pensar nisso!!! Fora isso, continua escrevendo, sempre, pois escrever é uma catarse utilíssima. Bjs. da prima distante, Sandra.
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